Umas das maiores dificuldades que encontro em manter o blog não é necessariamente manter uma rotina para escrever, o número de ideias e rascunhos não para de crescer, mas sim terminá-los para finalmente poder apertar o botão azul da felicidade (Aka “Publicar”) e ter a sensação de que fiz um bom trabalho (e mereço um biscoito, de preferência recheado [mais conhecido como bolacha]).
O motivo que me levou a criar este blog e adotar o lema “energia é o entusiasmo em movimento” é que o mesmo seja um catalisador de ideias e projetos. É ter aquela dose de dopamina que fazem as redes sociais tão viciantes, só que em um espaço onde tenho completa autonomia e liberdade. Mas isso só acontece quando consigo publicar algo e não é nada fácil chegar em um estado onde penso “nossa, ficou ótimo o texto, vou publicar agora!” e o post é solto para correr na selva da rede mundial dos computadores. (Na verdade nunca consegui chegar nesse estado de elevação espiritual textual, aviso quando chegar lá!)
Quando percebi que minha estratégia de escrever infinitos rascunhos não resultava em posts publicados, adotei a frase “feito é melhor que perfeito, porque o mundo é imperfeito” como guia e isso me ajudou por um tempo. O único problema é que logo comecei a ficar insatisfeito com o resultado e o blog entrou em um hiato.
Buscando nas minhas referências de produtividade, fiquei pensando como poderia aplicá-las para resolver este problema e fiz um remix de três ideias:
- Princípio de Pareto: Qual é o 20% de conteúdo que fará as pessoas entenderem 80% do que quero comunicar?;
- Lei de Parkinson: Qual é o limite de tempo (ex: 4 pomodoros) ou prazo (data, ex: 16 de dezembro) para terminar/publicar o texto?;
- Produto Mínimo Viável:
- O que eu consigo escrever, com base na minha visão de mundo, para gerar valor para quem está lendo?;
- Revisitar o texto depois de publicado para realizar melhorias com base nos feedbacks recebidos;
Juntei tudo isso no caldeirão e depois de uma grande explosão (efeito especial para adicionar suspense), surgiu a ideia do Texto Mínimo Viável (Minimum Viable Text ou MVT).
Então toda vez que estou escrevendo tento pensar: qual é o mínimo de conteúdo que eu preciso colocar neste post/página para poder publicar? Isso implica em escrever primeiro o essencial do texto para que quem leia consiga assimilar as ideias mais importantes, o resto pode ficar para depois.
O apps que eu uso e todas as páginas do pesquisas foram criadas assim. Coloquei somente o mínimo necessário, para ninguém ficar com aquela sensação horrível de ler algo e se irritar no final porque o texto não acrescentou nada, e aos poucos vou adicionando mais conteúdo. Se tiver algum erro, sempre posso corrigir depois, uma das mágicas da internet.
Percebi que a qualidade dos meus textos melhorou bastante quando comecei a aplicar esta metodologia, pois saí da armadilha de apenas publicar qualquer coisa para não quebrar o hábito. O MVT também refletiu na otimização do conteúdo para os mecanismos de busca (SEO), pois automaticamente eu estava focando em comunicar o essencial e desta forma agregar valor ao conteúdo. Este é (e deve ser) o objetivo final desta otimização, o máximo que me preocupo é ter um bom título e um endereço (URL) curto para o post/página.
Com o MVT consigo minha dose “rápida” de dopamina satisfação e, além de ser uma pequena conquista (small win), estou também compartilhando algo que considero ser valioso e que pode ajudar os outros, nem que seja para dar uma risada.
Desafio você a experimentar aplicar o Texto Mínimo Viável no seu blog/site e depois me contar como foi a experiência!
Nota Mental: este deve ser um MVT colocado em prática.
Do it! Just do it! Yes you can! Just do it!
Shia LaBeouf
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