Na busca constante para ser mais produtivo, muitas vezes me deparo com novas ferramentas, técnicas e equipamentos ou acessórios que prometem aumentar a produtividade. Fico empolgado e penso que preciso daquilo para poder ir para o próximo nível. Só que na maioria das vezes, depois de ter feito a transição – que sempre tem um custo (seja monetário e/ou de tempo para fazer a migração ou adaptação) – a diferença na verdade não foi significativa. Muitas vezes deixo de ter alguns problemas, mas eles são substituídos por problemas novos.

Para evitar cair nesta armadilha, quando sinto esta vontade de usar algo novo me pergunto “Qual problema estou tentando resolver?”. Dependendo da resposta, utilizo a mesma técnica dos 5 Porquês e me pergunto cinco vezes “Qual problema estou tentando resolver?”. Na maioria das vezes esta nova solução não faz muita diferença para resolver o problema. É só o efeito da síndrome do objeto brilhante, que nos faz ser atraído constantemente por novidades que, no final, são apenas distrações.

Trocar de aplicativo de notas (uso o Joplin) ou comprar um teclado novo, não resolve o problema de não escrever o tanto que desejo. Trocar de aplicativo de tarefas, não resolve o problema de não conseguir focar nas tarefas mais importantes. Comprar um outro livro de produtividade, não resolve o problema de querer ser mais produtivo no trabalho. Posso ficar o dia todo dando exemplos, mas acho que já deu para ter uma boa ideia.

Na maioria das vezes, consigo resolver o problema com o conhecimento e ferramentas que já possuo. A grande mudança necessária é a de pensamento e comportamento. Uma vez tendo clareza de qual problema estou tentando resolver, a próxima ação é dar um passo de cada vez até resolvê-lo.

Foto da capa de Ana Municio na Unsplash.



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