Toda vez que quero começar um projeto novo fico empolgado com a quantidade de coisas legais que quero fazer. Posso ficar várias horas mergulhando mentalmente nos infinitos detalhes da ideia e nas diferentes maneiras de colocar o projeto em prática. É até difícil saber exatamente por onde começar e o que seria exatamente o seu fim. Por conta disso, acabo me dedicando várias horas para projetos que nunca são finalizados. Na verdade, vários deles nunca são sequer começados a serem postos em prática, ficam apenas na minha cabeça.

Para evitar isto, estou experimentando uma estratégia diferente: primeiro definir os limites de tempo e depois encontrar estratégias para trabalhar dentro desses limites. Estes podem ser mais amplos (ex: em meses) ou então mais específicos (ex: em horas). Alguns exemplos:

  1. Tenho dois meses para finalizar este projeto;
  2. Tenho uma hora para escrever este post;
  3. Vou trabalhar neste projeto somente nas quartas e quintas das 8:30 até 10:00.

Uma vez que tenho os limites definidos, entendo o que é possível fazer dado o tempo que vou ter disponível. Para isso, utilizo alguns conceitos de produtividade:

  1. Lei de Pareto (ou princípio 80/20): 80% do resultado são causado por 20% das ações;
  2. Lei de Parkinson: o trabalho se expande para preencher o tempo disponível para sua realização;

Ao definir os detalhes do projeto, utilizo esses dois conceitos como minha bússola. Dado o tempo que eu tenho disponível, separo os itens mais importantes (que geram mais valor) e limito o trabalho para preencher apenas o tempo que tenho disponível.

Um exemplo foi este post. Tenho um contrato de hábito semanal para publicar um texto por semana em meu blog. No momento que sentei para escrever, não sabia ainda sobre o que o texto seria, mas que eu tinha uma limitação de dois pomodoros. Por conta disso, sabia que não poderia ser algo que necessidade de muita pesquisa ou edição. Então defini o assunto levando em conta esta limitação e quando fiz a sua estrutura, também fui limitando os tópicos para caber dentro deste tempo. Consegui escrever todas minhas ideias? Não, mas consegui entregar um texto que explicou o conceito principal, no tempo que eu defini (que é a base do Texto Mínimo Viável). Utilizo isto muito nos meus projetos pessoais em gerais, dos quais chamei de Projetos Tartaruga por conta dos recursos limitados que invisto neles.

Trabalhar desta maneira pode parecer muito limitante, mas é justamente esta limitação que traz a criatividade à tona para solucionar problemas de formas inusitadas.

Foto de Rod Long na Unsplash.



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