Resumo em um parágrafo
Pesquisa sobre o mito da grande Biblioteca de Alexandria, fundada por Ptolomeu Filadelfo no início do século III a.C, que utiliza uma extensa fonte de referências para reconstruir sua história e desvendar alguns de seus mistérios.
Principais aprendizados
- Provavelmente o incêndio da batalha de César na Alexandria, não queimou os livros da biblioteca, mas sim um depósito;
- Um mesmo acontecimento histórico mudava de acordo com o tradutor e muitas vezes era reescrito de forma diferente pelos mais variados motivos;
- “Biblioteca” (bibliothéke) significa “estante” em cujas prateleiras se colocam os rolos. [pg.74];
- No Ramesseum havia um cômodo com uma inscrição “Local de cura da alma” que por muito tempo estudiosos o consideravam a biblioteca do local e que seus conhecimentos “curavam a alma”. O autor descobriu que na verdade tal cômodo é a oficina de operação do Ka, que é a “força vital” ou, se quiser, “a alma” do soberano. Essa “força”, concedida a ele assim como aos deuses e a poucos outros mortais, tem – segundo a concepção religiosa egípcia – a função de manter o faraó vivo após a morte (P. Kaplony, verbete “Ka” do Lexikon der Aegyptologie, III, 1980, col. 276);
- Frase que me marcou bastante: “tornando-se rei mandou queimar todos os livros do mundo para fazer com que o cálculo do tempo começasse com ele” [pg.168].
O que aprendi, em um parágrafo
Qualquer tipo de registro, seja ele histórico ou não, é bem frágil e pode sofrer diversas alterações intencionais e não intencionais. Isso pode acontecer pela interpretação durante a tradução, além da omissão ou alteração das palavras por quem está transcrevendo (replicando) ou traduzindo o seu conteúdo. Muita coisa também se perdeu por deterioração, perda ou queima intencional e não intencional.
Editora: Companhia das Letras
Publicado em 2001 – 3 reimpresões (primeira edição em 1989).
Lido em Março-Abril de 2022.
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