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Faísca Mental #11 - Daniel Kossmann

Minha lista semanal de se7e itens que geraram uma faísca mental no meu universo.

Aviso aos navegantes: me empolguei e escrevi bastante sobre cada item, então pegue sua xícara de café (ou bebida de preferência) e prepare-se para aquele céu de fogos de artifício faíscas mentais.

  1. Descobri por uma indicação indireta o podcast sobre o Leonardo da Vinci do AntiCast (2hrs) e fiquei ainda mais com vontade em querer ler a nova biografia do Leonardo da Vinci, escrita pelo Walter Isaacson (que comentei sobre uma entrevista com o autor aqui). O episódio é recheado de muitas curiosidades sobre seus quadros, a desconstrução do mito dele escrever ao contrário, sua obsessão por observar e manter registros (fico imaginando como seria o blog dele), seus quadros e como alguns foram sendo alterados com o tempo, e muito mais! Um dos comentários que criou uma das várias faíscas foi que o Leonardo tinha uma atitude do empirismo. (se você estiver se sentindo generoso, aceito o livro como presente)
  2. Chegou a época que todo mundo agora fazer listas (❤) de metas e o Stephen Moore escreveu uma reflexão bem legal sugerindo que este ano você precisa focar em metas de curto prazo (em inglês), porque metas de longo prazo demoram (dãh!) e por consequência são muito mais difíceis de atingir e mais fáceis de serem quebradas, criando assim um círculo vicioso. A alternativa é criar metas diárias, semanais e mensais, focando em atingir pontos de progresso (quase que um gamification!) para cada um. O foco do texto vai além do pessoal e também se aplica para startups. No final tem até um modelo com 4 perguntas para ajudar a aplicar essa metodologia; 
  3. O episódio Start Making Something do podcast REWORK entrevistou três pessoas sobre como foi o processo deles de iniciar um novo projeto (que nem sempre deu certo) e é uma ótima inspiração para este começo do ano, principalmente para quem está de férias. A faísca mental mais legal foi conhecer o evento SHUX (Shut Up & Sit Down) e fiquei pensando em fazer uma versão nacional chamada: SeBuFa! (Senta a Bunda na Cadeira e Faz!). Poderia até virar um verbo: “Hoje a noite vou sebufar durante dois Pomodoros.” ou “Meu, de boa, acho que você deveria parar de falar e começar a sebufar!“. Quem topa criar essa #tendencia?;
  4. Um amigo me chamou atenção de que provavelmente eu amarrava o meu cadarço de forma “errada”, que ele havia descoberta que ele também por conta do TEDTalk do Terry Moore de como amarrar sapatos (legendado). Desde criança sempre achei mais prático tênis com velcro, pois economizava preciosos segundos, mas acabei cedendo aos laços com o tempo. Depois de mais de duas décadas realizando o mesmo movimento, normalmente mais que uma vez por dia, está sendo um desafio reaprender esta atividade tão automática, assim como memorizar meu número de telefone em grupos de três dígitos. O próximo desafio é descobrir outras atividades que realizo todos os dias que podem ser aprimoradas;
  5. Achei interessante o conceito de que Copyright é um Dano Cerebral (18min em inglês), da Nina Paley. Ela comenta sobre como essa licença de direitos autorais é literalmente um processo Kafkiano (aprendi agora que não é Kafkaniano) e dificilmente traz um verdadeiro ganho financeiro e ainda limita/bloqueia a distribuição de uma obra. Nina afirma que toda vez que você for criar algo e vier mentalmente a pergunta “Posso usar essa imagem/música/vídeo/texto/…? Eu não quero ter problemas (com processos judiciais).” significa que você está restringindo seu processo criativo interno. Me identifiquei bastante com a palestra, pois várias vezes meus processos criativos são bloqueados por conta disso. Já parou para pensar que muitos dos memes da internet estão infringindo direitos autorais? A maioria são imagens/sons que foram impregnados na nossa mente e faz parte da nossa cultura, mas não podemos criar nada em cima disso, então é natal qual é a alternativa? O He-man aconselha, e eu também, a utilização do Creative Commons. Vamos compartilhar!;
  6. A imersão em uma realidade virtual (VR) já foi retratada de várias maneiras no cinema e normalmente sempre como forma distópica, porque seus usuários abusam do seu uso. O contato costuma se iniciar ou por um desejo de ser Deus (as vezes em nome da ciência) ou como entorpecente para fugir da vida mundana, se tornando rapidamente um vício como uma substância química. No filme OtherLife (disponível na Netflix ????) essa última analogia é extrapolada e a experiência de VR é literalmente uma droga que você pinga nos olhos, uma mistura de Réquiem Para um Sonho com A Origem e Matrix.
  7. O que é ser um líder e como é liderar? Estas duas perguntas estão já faz um tempo rodeando minha cabeça. A palestra Extreme Ownership do Jocko Willink (15min em inglês) trouxe algumas faíscas mentais sobre o assunto, principalmente a de assumir responsabilidade e confiar nas pessoas com quem trabalho. Durante o vídeo fiquei lembrando de uma vez que estava trabalhando em um projeto e acabou indo um código de testes de um sistema de compras para o site que estava no ar e o pagamento acabou indo para outra pessoa, que para a minha felicidade entrou em contato para avisar esse problema e cancelou a transação (sim, existem pessoas boas na internet ????). Alguém que estava trabalhando comigo fez esta implementação e eu era o encarregado por fazer os testes e validação, então no final era minha responsabilidade que tudo estivesse funcionando corretamente. Era fácil apontar o dedo e culpar o outro mas, assim como o Jocko comentou, sentia que algo não estava certo ao fazer isso. No final assumi a responsabilidade e, ao contrário do que esperava, me senti mais seguro comigo mesmo.

Eu não faço resoluções para o ano novo. O hábito de fazer planos, de criticar, sancionar e moldar minha vida, é cotidiano demais para mim.
I made no resolutions for the New Year. The habit of making plans, of criticizing, sanctioning and molding my life, is too much of a daily event for me.

Anaïs Nin



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